sexta-feira, 25 de março de 2016

As Linguagens do Afeto na Educação e o Desenvolvimento Integral da Criança: Reflexão com Pais e Funcionários de Creche e Pré-Escola

1° Encontro

Explicação

A Psicopedagogia, como campo do saber interdisciplinar, busca dialogar com diferentes disciplinas e, a partir disso, oferecer respostas às demandas existentes nas comunidades em que o profissional desenvolve suas atividades. Uma das esferas em que a Psicopedagogia é capaz de apresentar suas contribuições corresponde aos anos iniciais do desenvolvimento, por meio da observação e intervenção, quando a instituição demonstra algum entrave para a construção do conhecimento. Às vezes, a atuação do profissional de Psicopedagogia pode ocorrer de forma preventiva. Algumas comunidades, nesse sentido, podem, em decorrência da fragilidade social, demandar ações para esse tipo de atuação, como ocorre quando o profissional se dedica a orientar famílias em situação de risco, decorrentes da pobreza, alta incidência de alcoolismo e drogadição. A apresentação a seguir propõe uma reflexão aos responsáveis e funcionários que atuam diariamente com as crianças, melhorando as qualidades vinculares e servindo como local onde o público atendido possa se sentir seguro e estimulado para o adequado desenvolvimento de suas potencialidades.

A Teoria do Apego

Gomes (2012) nos informa que durante o período da segunda guerra mundial (1939-1945), os estudiosos da psicanálise puderam verificar vários aspectos que demonstravam o sofrimento de crianças que eram separadas do convívio com seus familiares, em decorrência do número de mortes causadas por constantes bombardeios. A Clínica Tavistock, fundada em Londres, durante os anos 1920, tratava dessas crianças, nas quais era comum encontrar, em decorrência de traumas, sintomas como tremores, paralisias e alucinações, entre outros sintomas. John Bowlby foi um importante pesquisador nesse período. Para Bowlby, a natureza do apego existente entre seres humanos seria equivalente a outros instintos de preservação, como a fome e a sede. A Teoria do Apego foi desenvolvida durante a segunda metade do século XX por esse autor. Essa teoria estuda a natureza do vínculo entre mãe e bebê. Os seres humanos, assim como os animais, tendem a estabelecer vínculos que se tornam insubstituíveis. Algumas pesquisas a respeito das relações vinculares entre seres humanos apontam para a relevância desse aspecto para o desenvolvimento saudável da espécie. Nos anos 1950, um cientista chamado Harlow realizou pesquisas com um grupo de macacos Rhesus e pode comprovar resultados interessantes ao retirar esses animais do convívio com suas mães. Conforme observado, o comportamento desses macacos passou a ser caracterizado pela presença de movimentos estereotipados e pela autoestimulação, como demonstrado pelo hábito de sucção dos dedos dos pés e das mãos. De acordo com as conclusões obtidas na pesquisa, esses comportamentos não foram encontrados naqueles exemplares da espécie que receberam estimulação normal por parte de suas mães (Gomes, 2012, p. 16; Cruz e Caromano, 2011, p.4).
A observação de aspectos como os anteriores fez com que Bowlby se interessasse pelo estudo das consequências dos laços afetivos rompidos na fase inicial do desenvolvimento do indivíduo. A formação de uma vinculação tão expressiva se deveria à condição fisiológica vulnerável do bebê, levando-o a identificar no ambiente alguém que seja capaz de suprir os cuidados de que necessita para sua sobrevivência. Esse aspecto ganha especial relevância para a Teoria do Apego, pois a forma como esse vínculo inicial se constitui forma a matriz para os relacionamentos do indivíduo posteriormente, repercutindo no bem estar e na qualidade de vida do sujeito, quando suas necessidades são atendidas. Citando Bowlby (1988), Gomes, (op. cit., p. 12) afirma: “O comportamento de apego é definido, então, como qualquer forma de comportamento que resulta de uma pessoa alcançar e manter proximidade com algum outro indivíduo considerado mais apto para lidar com o mundo”. E completa dizendo que: “Chorar, sorrir, fazer contato visual, buscar aconchego e agarrar-se ao outro são ações que compõem o repertório comportamental básico de apego”. Ainda conforme Bowlby, as condições que ativam o comportamento de apego decorrem de fome, cansaço ou de sentir-se ameaçado por situações que a criança considera como estranhas ou ameaçadoras. As “condições terminais”, ou seja, que fazem cessar os incômodos anteriores, consistem em ver, ouvir e interagir com a “figura de apego”. A “busca de proximidade” seria uma necessidade inata em seres humanos, relacionado à busca de sobrevivência. Podem ser mencionadas, ainda, as conclusões de Hermann (1976), para quem o comportamento da criança envolve também um “instinto se exploração do ambiente” (Gomes, p. 17), evidenciando que o desenvolvimento da criança demanda tanto proteção quanto a oferta de autonomia.  

Afetividade e Desenvolvimento Infantil

Outra pesquisa apontada por Field (2004, p. X) menciona os resultados de pesquisas que correlacionam a baixa agressividade com a maior oferta de toques afetuosos. Em contrapartida, locais onde o toque afetuoso é menos expressivo, evidenciariam a maior incidência de contatos físicos agressivos. Field (2004) aponta para a conclusão de estudos científicos que sugerem que o toque contribui para o ganho de peso corporal em bebês prematuros, massa óssea e reduza as crises de choro e os efeitos do estresse. No âmbito emocional, o toque suave transmite segurança, conforto e amor. A ausência do contato físico possui implicações para o crescimento e para o bem estar. Pesquisas com crianças que vivem em orfanatos indicaram a relação entre a falta de contato físico carinhoso pode trazer influências para o desenvolvimento físico dessas crianças, que às vezes chegam a apresentar apenas metade do peso esperado para suas idades (idem). Além disso, o próprio desenvolvimento cognitivo demonstra que a ausência do toque afetuoso traz consequências para essa esfera do desenvolvimento. Bowlby conduziu estudos que evidenciaram que a delinquência presente em atitudes comportamentais apresentadas pelo público-alvo pesquisado (44 sujeitos com idades entre 5 e 16 anos de idade) em sua amostra poderia ser explicada não por fatores de natureza econômica, mas em decorrência das “ primeiras experiências afetivas da infância” (Gomes, 2012, p. 18).
A oxitocina é uma substância liberada através do toque carinhoso, evidenciando que as crianças que o recebem apresentam menor incidência de dor, bem como menor número de queixas relacionadas a problemas de atenção e comportamento (Field, 2004). Quando as condições ambientais são favoráveis, ocorrem melhoras em nível de redução do cortisol, repercutindo positivamente no âmbito cardiovascular e gastrointestinal, o que favorece a digestão e o aproveitamento dos nutrientes. A importância dessa substância natural para o organismo pode ser verificada pelo fato de que a oxitocina é utilizada para tratar déficits de aprendizagem relacionados a altos níveis de stress.

Benefícios da interação social positiva

Um padrão de relaxamento e bem estar pode ser favorecido por interações sociais positivas, como pelo sentimento de pertencer a um grupo. O bem estar e o relaxamento fisiológico podem ser alcançados também por um banho morno, exposição ao calor e alimentação e interações.

Os cuidados que interferem na qualidade do sono

Pesquisas sugerem que já no primeiro trimestre de gravidez, o feto já está harmonizado com o ritmo de funcionamento da mãe. O sono adequado é um fator necessário ao desenvolvimento normal da criança. Os bebês nascidos a termo dormem até 70 % do dia, enquanto que os não nascidos a termo podem dormir até 90% do período de um dia (Field, 2004). Devido à importância do sono para o desenvolvimento saudável, é importante assegurar que o mesmo seja tranquilo. Contribui para isso a adoção de atitudes como segurar o bebê, tocá-lo, manter contato físico, o que pode ser feito pelos seus cuidadores.

A Importância da Massagem para o Desenvolvimento do Bebê

As autoras Cruz e Caromano (2011, p. 3) afirmam: “Sabe-se hoje que, aplicada em bebês e crianças, a massagem facilita o crescimento, melhora a atenção e o aprendizado, assim como a função imunológica e o relacionamento entre a criança e o cuidador”. E afirmam que mesmo nos casos de mães que não receberam treinamento formal para massagear seus filhos, nota-se que o simples ato de tocar o bebê já promove reações fisiológicas benéficas. No Ocidente, a massagem para bebês começa a ser praticada a partir de 1976, a partir de sua introdução, pelo obstetra Frédérick Leboyer, da Shantala nos países da Europa. No Brasil, o início se deu a partir de 1980, com a iniciativa da pedagoga Maria Aparecida Gianotti, que apresentou uma técnica chamada “O Toque da Borboleta”, cuja autora foi Eva Reich (op. cit. p. 7). No caso da Shantala, esse nome é explicado da seguinte maneira. O já mencionado Frédérick Leboyer observou uma mãe indiana sentada no chão, com seu filho sendo massageado. Em homenagem ao nome da mãe que realizava a massagem, a técnica foi trazida para o Ocidente com o nome Shantala (op. cit. p. 14). Na Índia, a mães massageam os seus filhos até que esses completem três anos de idade. A partir daí, as massagens continuam sendo feitas uma ou duas vezes por semana, até as crianças completarem seis anos.

A Resposta Fisiológica à Massagem

A oxitocina é uma substância liberada não apenas durante o momento da amamentação, mas também quando a criança é estimulada pelo toque afetuoso. Os níveis da substância oxitocina são aumentados após a oferta de 10 ou 20 minutos de massagem. A massagem também aumenta os níveis do hormônio do crescimento, afetando positivamente o crescimento celular (idem). Em decorrência da importância da linguagem afetiva do toque para o desenvolvimento infantil, autores atuais têm orientado as professoras de berçário (nursery school), procurando estimulá-las a realizar massagens em crianças dessa faixa etária (Field 2004). Esta autora menciona ainda a realização de um estudo composto de dois grupos. Num deles, as mães realizavam os procedimentos usuais com os seus bebês, antes de os colocarem para dormir. O outro grupo recebeu orientações sobre a oferta de massagem terapêutica aos bebês. As mães desse segundo grupo proporcionavam 30 minutos de massagem diariamente aos seus bebês, no período entre oito e nove horas da manhã, após a primeira refeição e banho. Nesse momento, a genitora devia segurar a cabeça do bebê com cuidado com uma das mãos, enquanto que, com a outra, realizava movimentos circulares sobre as costas, com contato direto entre a mão da mãe e a pele das costas do bebê, em um ritmo de três vezes por segundo. O grupo constituído das demais mães realizavam as atividades como de costume, sem ofertar a massagem terapêutica. Os resultados obtidos ao final desse período em que a massagem foi oferecida comprovaram a existência de reação positiva dos bebês do grupo que teve acesso à massagem terapêutica, em relação aos que não receberam, pois nos casos em que a mesma foi ofertada, ocorreram melhores níveis de produção da melatonina, verificados no momento em que a massagem foi oferecida. A rotina da massagem foi considerada nesta pesquisa como um fator importante no ciclo do sono-despertar dos bebês que a receberam (Field, 2004).  Outro estudo menciona ainda que crianças que são massageadas durante o cochilo demonstram menor irritabilidade, pegam no sono mais rapidamente e apresentam sono mais profundo. Ainda sobre esse aspecto, pais são chamados a colaborar, massageando seus filhos antes de irem para cama, os quais notaram mudanças positivas na qualidade de vida dos filhos (Field, 2004).

Discussão: Pontos para Refletir

Podemos considerar a função dos professores de creche e pré-escola como de extrema importância para o desenvolvimento integral das crianças, pois a adequação ambiental possibilita induzir o relaxamento o relaxamento e as condições adequadas de saúde e crescimento.
Você acha que a oferta de condições adequadas no ambiente escolar ganha relevância nos casos de crianças que apresentam história de vínculos rompidos?
Como agir de modo a oferecer estímulos em ambos os sentidos à criança, ou seja, assegurar de que receba proteção e estimulação à exploração do ambiente?

Observação: Poderíamos considerar essa primeira apresentação como uma forma de introdução ao assunto, nos aprofundando melhor na prática em momento posterior.

Bibliografia

CRUZ, Cláudia Marchetti Vieira da; CAROMANO, Fátima Aparecida. Como e porque massagear o bebê: do carinho às técnicas e fundamentos. Barueri (SP): Manole, 2011.
FIELD, Tiffany. Touch and Massage in Early Child Development. Johnson & Johnson Pediatric Institute, 2004.
GOMES, Adriana Albuquerque. A teoria do apego no contexto da produção científica contemporânea. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2012.   



terça-feira, 1 de março de 2016

A Atuação Psicopedagógica na Educação Infantil

Ações psicopedagógicas poderão contribuir no sentido de prevenir dificuldades futuras no desenvolvimento, assim como o faz ao propor estratégias em relação às dificuldades já instaladas. Caso não seja possível impedir a instalação de dificuldades, poderá ser de grande ajuda por reconhecer os entraves logo de início, auxiliando para que sejam minimizados. Após pesquisar algumas expectativas do desenvolvimento que são alcançadas por volta dos cinco anos de idade, elaborei esse caso hipotético para apresentar a um grupo de colegas, discutindo as possibilidades de atuação do psicopedagogo na instituição, junto a essa faixa etária. Estou compartilhando para que, havendo interesse pela aplicação do mesmo, possa ser usado com vistas a ofertar a atenção necessária ao público infantil.

RELATÓRI O DE OBSERVAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA
1. Identificação
Nome: XXXXXXXXXXXXXXXXXX
D.N: XXXXXXXXXXXXXXXXXX
Idade: 5 anos

2. Queixa Apresentada: dificuldade de comunicação e interação com o grupo, necessidade de intervenção para a realização das propostas, dificuldades de concentração e compreensão das comandas.

COMO OBSERVAMOS?

Com Atividades Desenvolvidas por Meio de Jogos e Brincadeiras.

O QUE OBSERVAMOS?
Os diferentes domínios do desenvolvimento, conforme alistados a seguir:

Domínios do Desenvolvimento: linguagem (compreensão, expressão e articulação), afetividade (socialização), motricidade (coordenação motora ampla, coordenação motora fina), memória, equilíbrio (estático e dinâmico), noções temporais, espaciais, ordem, tamanho, posição e compreensão das comandas.

Descrição dos Domínios/Atividades Realizados
A) Domínio: Comunicação
Atividade: Aprendendo a Identificar-se
Dinâmica em que cada um dos participantes diz o nome, a idade e, em seguida, passam o urso de pelúcia para o participante ao lado, para que façam o mesmo.
Questões observadas: A criança consegue dizer o próprio nome? Que atitudes demonstra ao interagir com o grupo (inibição, espontaneidade, dificuldade de pronúncia, autoconfiança, etc)?

B) Domínio: Desenvolvimento Motor
Atividade 1: Fazer uma pulseira utilizando barbante e macarrão
Questões observadas: a criança mantém o nível de desempenho de acordo com a média de sua idade? Atrapalha-se ou tem sucesso ao realizar a tarefa?

Atividade 2: O Educador Demonstra e a Criança Imita
A criança é capaz de abrir e fechar as mãos simultaneamente (ao mesmo tempo)? Consegue abrir uma das mãos ao mesmo tempo em que fecha a outra? Consegue, mantendo as mãos esticadas na horizontal, separar e unir os dedos sem movimentar o braço? É capaz de equilibrar-se sobre um dos pés? Corre, perseguindo em zigue-zague, sem perder o equilíbrio (de acordo com as possibilidades de seu momento evolutivo)? Salta sobre um barbante estendido a aproximadamente 15 centímetros do chão? Consegue realizar dois movimentos simultaneamente (usando uma pipa, é capaz de desenrolar a linha e correr, ao mesmo tempo)?

C) Domínio: Desenvolvimento Perceptivo
Atividade: Brincadeira com Quebra-cabeças (4 peças), Mapas, etc.
Questões observadas: a criança consegue realizar a atividade relacionando as partes ao todo? Demonstra ter recebido estimulação anteriormente, em tarefas desse tipo? Consegue melhorar seu desempenho observando o modo como os colegas o fazem? Ao selecionar as peças que usará, consegue orientar-se por pistas, como a cor da figura, ou outra? 

D) Domínio: Conhecimento de mundo
Atividade: Espontânea  
Questões observadas: durante as participações da criança em momentos pedagógicos ou lúdicos, quais são os assuntos que lhe interessam? De que ela fala, espontaneamente? Consegue dar um exemplo, quando solicitada, envolvendo animais, roupas, automóveis, etc? Conhece os dias da semana? Sabe dizer sua idade, nome de seus pais, quantos irmãos tem? Conhece algumas cores?

E) Domínio: Autonomia/Dependência
Atividade: Desenvolvidas na escola ou no lar
Questões observadas: Como reage quando encontra dificuldade: fica desanimada e tenta mudar de atividade? Persevera? Fica ansiosa? Pede ajuda?

F) Domínio: Afetividade
Atividade: Em grupo
Questões observadas: Relaciona-se bem com seus pares? Tem comportamento isolado? Demonstra atitudes que evidenciam tensão? Como reage diante da frustração?

Observações:
Depois de observar o desempenho da criança em todos esses domínios, os educadores poderão se questionar: Em vista dos aspectos observados, em que área a criança demonstrou necessitar de maior estimulação ao seu desenvolvimento? A resposta a essa pergunta precisa estar clara, pois é importante para providenciar os recursos necessários ao desenvolvimento da criança.

Sugestões relacionadas à queixa:
Em relação às dificuldades de comunicação: inserir em brincadeiras em que cada participante tem a oportunidade de falar para o grupo.
Em relação à necessidade de intervenção para a realização das propostas: encorajar cada demonstração de autonomia da criança, ainda que pequena, para encorajar essa atitude.
Em relação às dificuldades de concentração: o desenvolvimento da atenção pode ser favorecido pela oferta de jogos, brincadeiras, dinâmicas em que a criança precisa manter o foco na atividade realizada, esperar sua vez, ouvir o colega enquanto fala, etc.
Em relação às dificuldades de compreensão das comandas: certifique-se que a criança compreendeu adequadamente a explicação, ou se, mesmo após tê-la compreendido, não as realiza por estar demonstrando comportamento inibido (falta de autoconfiança em suas possibilidades). Caso se trate de dificuldade de compreender, opte por estratégias como explicações objetivas, pedir à criança que fale se entendeu o que é para ser feito ou ofereça auxílio até que ela demonstre confiança para fazê-la por si.

Outras sugestões para a escola e professores

- Graduar as atividades propostas em nível de complexidade, de modo a atender as necessidades de cada indivíduo do grupo.
- Planejar situações lúdicas que contribuam para a estimulação da criança e para compensar os déficits nos casos específicos observados. Ter em mente que cada criança possui seu próprio ritmo de desenvolvimento, características e necessidades.
- Identificar outros recursos existentes na comunidade, que possam auxiliar no processo de estimulação da criança.
- Fortalecer a parceria com as famílias, sugerindo outras ações que colaborem com os objetivos escolares.

Encaminhamentos (quando necessários)
- fonoaudiologia;
- psicologia;
Etc.


Explicação: Na realização das tarefas, é importante compreender que cada criança tem seu ritmo próprio de desenvolvimento. Para algumas, será necessário oferecer mais autonomia, enquanto que para outras será importante oferecer maior apoio. Toda criança (ou adulto) apresenta um nível de desenvolvimento real (o que já consolidou, sendo capaz de fazer sem ajuda), um nível de desenvolvimento potencial (o que é capaz de realizar quando recebe ajuda). Portanto, cada vez que o educador oferece mediação (auxílio), amplia a zona de desenvolvimento real da criança, ou seja, aumenta a sua capacidade de resolução de tarefas mais complexas, de modo autônomo.