sábado, 14 de julho de 2018

Algumas Questões Recorrentes de Entrevista em Minha Atuação em Psicopedagogia Institucional


Acredito que nenhum instrumento substitui a experiência que vem com a prática. Encaro-os como aspectos complementares. Talvez seja possível pensar no trabalho constituído de instrumentos padronizados mais a experiência profissional como um momento em que o profissional articula os dois hemisférios cerebrais, unindo intuição e lógica. A repetição de alguns instrumentos permite perceber regularidades e possibilidades, enquanto a experiência nos ajuda a perceber as singularidades de cada situação. Assim, dois casos aparentemente iguais poderão, ao final, gerar intervenções distintas.  
Em relação aos dados obtidos, conforme cada instrumento utilizado, podemos ter uma posição mais interpretativa, enquanto que em outros uma visão mais objetiva dos mesmos. No caso do questionário a seguir, está em questão a aplicação de um instrumento incluído no último caso, que é destinado à obtenção de informações que terão em vista uma abordagem mais voltada para a orientação e acompanhamento individualizados. É um modelo provisório, ou de base, pois durante a entrevista, conforme seja necessário, podem ser inseridas outras questões.   
As respostas obtidas são complementares às informações levantadas em outros momentos, como durante a anamnese realizada com os responsáveis. Além da anamnese e das questões a seguir, acredito que uma boa entrevista diretamente com os educadores contribui para termos uma visão geral da situação. Penso que isso seja importante, pois, conforme vamos compreendendo o sujeito, dentro de uma observação mais global, vamos entendendo melhor as possíveis causas de suas dificuldades e delineando as formas de intervenção para resolver ou minimizar os obstáculos do aprender.
Caso o educando já seja capaz de responder as questões por si mesmo, endereço-as a ele. Quando isso não for possível, os responsáveis poderão ser ouvidos. Embora as questões sejam apresentadas a seguir em forma de questionário, eu nunca as utilizo dessa forma. Antes, procuro inseri-las de modo mais natural na conversa, pois de acordo com o que acredito, o rapport, ou seja, a empatia ou sintonia, é um conceito totalmente relevante durante as entrevistas, uma vez que a confiança do sujeito que aprende pode contribuir para minimizar suas atitudes defensivas, as quais poderiam surgir, no caso de ocorrência de vínculo insatisfatório.

Nome: 
Sala:
Data:

1)    Gostaria que você fizesse uma autocrítica sobre os aspectos escolares, dizendo aqueles em que acha que pode melhorar.

2)    Tem horário definido para realizar as lições de casa?

3)    Ficou abaixo da média em alguma disciplina no bimestre?

4)    Frequenta projetos no contraturno?

5)    Neste momento, há alguma coisa que o preocupe?

6)    Tem metas para o futuro?

7)    Encontra dificuldades especiais em alguma disciplina escolar?

8)    Tem hábito de leitura?

9)    O que pensa sobre a escola?

10)  Como procura sanar as dúvidas sobre os conteúdos escolares?

11)  A convivência em sala é adequada ou insatisfatória? Caso seja insatisfatória, quais são os principais problemas?

12)  Como estão sua saúde, sono, alimentação?