Um olhar global sobre o desenvolvimento
Dinâmica inicial:Triângulo Mágico.
Recursos materiais necessários: cartelas com numeração, bambolês
para a formação dos triângulos.
Recursos humanos necessários: seis integrantes para cada equipe.
Equipe amarela:
triângulo “11”
Equipe vermelha:
triângulo “13”
Objetivo: concluir a atividade antes da equipe adversária.
Questões para discussão:
No tipo de atividade anterior, a ênfase esteve na
competição ou na colaboração. Após discutir a questão, um representante de cada
equipe apresenta as conclusões de seu grupo.
Observação do desenvolvimento psicomotor
O desenvolvimento de algumas
habilidades básicas, bem como a constatação de sua ausência, tornará possível
realizar ações educacionais. No último caso, se nada for feito, haverá
repercussões para o aprendizado em geral. O olhar do educador deve ser sensível
às necessidades do educando.
Observação de algumas habilidades
Coordenação motora
fina;
Enfiagem de cordão;
Encaixe de blocos;
Unir dez clips em
sequência;
Observar a
utilização da tesoura;
Observar como
segura o lápis.
Observação de habilidades de motricidade grossa
Coordenação motora grossa, equilíbrio e postura.
Manter a
imobilidade apoiado sobre apenas um pé por trinta segundos;
Chutar uma bola
parada;
Chutar uma bola em
movimento.
Dinâmica para a observação da relação do corpo com
o espaço físico
Recursos materiais: venda para os olhos de dois ou mais
participantes.
Recursos humanos:
Participante 1.
Tarefa: dar dez passos para trás e cinco para frente, chegando ao ponto
inicial;
Participante 2.
Tarefa: dar algumas voltas em torno do quadrado delimitado no chão e depois
tentar fazer o mesmo percurso com os olhos vendados.
Observações de algumas habilidades em situações
lúdicas
Brincadeira em que o professor vai dando comandos
como “mão direita no tornozelo esquerdo”, indicador esquerdo na tíbia direita.
Ir aumentando a velocidade à medida que as crianças compreendem as noções de
direita e esquerda.
Observação de algumas habilidades relacionadas à
lateralidade.
Quando a noção de lateralidade é compreendida em
relação a si mesmo, pode-se fazer a mesma brincadeira com um colega, para
promover a compreensão da lateralidade oposta
A importância da observação e acompanhamento individualizado
É importante que o professor tenha
uma ficha de observação individual para acompanhar a evolução das habilidades
básicas ao longo do ano, o que permitirá diagnosticar os alunos com maior
dificuldade e elaborar planos individualizados de intervenção. Além dos
aspectos anteriormente mencionados, a observação poderá verificar as
características relacionadas aos seguintes fatores:
Tônus, atenção e freio inibitório
Algumas
brincadeiras permitem observar esses aspectos, ao exigirem atenção e freio inibitório
(correr em torno das cadeiras e sentar-se quando a música parar).
O tônus muscular
pode ser observado ao propor atividades com bolas de diferentes tamanhos e
pesos, quando será possível observar a precisão do movimento e a força
empregada para realizá-lo.
Observação de algumas habilidades relacionadas à
escrita
Com os braços
estendidos na horizontal, abrir e fechar as mãos sem forçar a musculatura;
Afastar e aproximar
os dedos;
Piparotes;
Garra;
Afastamento e
aproximação do polegar em relação à mão;
Orelhas de coelho;
Esquilo;
Patas de mosca.
Jogos que
possibilitem mirar objetos parados;
Fazer o mesmo com
objetos em movimento.
Todos os aspectos anteriores, ao
serem trabalhados, irão favorecer a propriocepção.
Associação de conteúdos de sala a atividades
físicas
Exemplo: os alunos formam uma roda. O
professor fica no centro e joga uma bolinha para um dos alunos sentados. Após
pegar a bolinha o aluno responde uma pergunta relacionada a algo que foi
desenvolvido na aula daquela data. É importante tranquilizar os alunos para
usarem suas palavras sem preocupação.
Esse tipo de atividade possibilita o
desenvolvimento dentro de uma perspectiva psicomotora, pois ajudará a superar a
inibição e desenvolver a oralidade. Também auxiliará numa postura mais
reflexiva sobre as atividades de jogos em grupo, reconhecendo a importância da
cooperação, além de promover noção de espaço e a realização de atividades de
caráter óculo-manual.
Importância da psicomotricidade
Até os seis ou sete anos, a criança
encontra-se em uma situação de globalidade. Seus sentimentos e sua expressão
corporal manifestam-se como uma única linguagem. Por isso, quando o professor
trabalha com crianças nessa faixa, a brincadeira é um recurso pedagógico
imprescindível. Por exemplo, a encenação de uma história levantará questões
como: identificação com um personagem, maneira como se porta em relação a ele,
como o compreende, que emoções lhe suscitam, etc.
Durante as brincadeiras é possível
observar aspectos relacionados à função clônica (sustentação do corpo, postura)
e função tônica, movimento (ritmo, velocidade, força, equilíbrio, dominância
lateral), mobilidade corporal (hipoativa, hiprativa), interesse pela
brincadeira.
Sugestão de atividades
Estruturação
espeçotemporal
Pedir ao aluno para
estimar quantos passos serão necessários para chegar até determinado ponto.
Pedir ao aluno para
estimar quanto tempo necessitará para chegar ao ponto definido.
A noção de espaço
Vários aros (bambolês) são dispostos
na quadra, com espaço de mais ou menos meio metro entre eles. Cada dupla ocupa
um aro. Um integrante com seu pé esquerdo dentro, o outro com o pé direito. O
professor dá um sinal e os alunos começam a se movimentar entre os aros,
tentando não se chocarem entre si durante a movimentação.
Exercício de velocidade em equipe
Quatro aros são dispostos distantes
entre si. Cada equipe é composta de quatro alunos, que se alinham em relação a
um aro. O primeiro integrante de cada equipe fica dentro do aro. Ao sinal do professor,
o que está dentro do aro corre para um lado da quadra e deixa uma bolinha de
malabarismo. Assim que a bolinha é deixada no local definido (cada equipe se
movimenta em uma direção na quadra, partindo do centro), o integrante retorna e
o segundo aluno vai buscar a bolinha. O terceiro vai levá-la e retorna, o
quarto integrante vai buscá-la. A equipe cujo último integrante voltar
primeiro, vence.
Tonicidade em relação ao espaço
Formar trios, compostos de um
arremessador, um oponente e um receptor. O arremessador fica de um lado do aro,
enquanto que o receptor fica do outro. O oponente fica no centro do aro, entre
os dois, tentando pegar a bola que é arremessada. Permite o desenvolvimento da
noção de regulação de força e altura do arremesso, em relação ao receptor,
desenvolvendo a noção de espaço pelo emprego de habilidades oculomanuais.
Fortalecendo a lateralidade e dominância
Delimitar um espaço, dividindo-o em
quatro partes iguais. Dar ao educando uma bola e pedir-lhe que arremesse acima
e à esquerda, abaixo e à direita, acima e à direita, abaixo e à esquerda. Com a
evolução da habilidade, ir aumentando a velocidade dos comandos.
Jogos cooperativos de inversão
Para que a ênfase não esteja sempre
na competitividade, pode-se realizar algumas atividades como as seguintes:
Os jogadores mudam
de time após a execução de uma meta (goal);
O time que marca o
gol pontua para o time adversário (observar as atitudes dos educandos quanto a
isso, para ver se ocorre alguma resistência);
Inversão total
Quando o goleador
fizer o gol, passa para o outro time e leva a pontuação para a equipe que passa
a integrar.
Desenvolvendo habilidades de precisão
Membros inferiores
Recurso material:
providenciar bolas de diferentes tamanhos e pesos;
Dispor os alunos
sentados em círculo;
Pedir que iniciem a
atividade de passar a bola para o colega do lado usando apenas as pernas. Ir
reduzindo o tamanho da bola à medida que os alunos forem aumentando as
habilidades para realizar a atividade.
Bibliografia
Arnaiz sanchez, pilar. A psicomotricidade na educação
infantil: uma prática preventiva e educativa. Porto alegre: artmed, 2003.
Correia, marcos
miranda. Trabalhando
com jogos cooperativos: em busca de novos paradigmas em educação física.
Campinas, sp: papirus, 2006.
Gallardo, jorge
sergio pérez. Prática de ensino em educação física: a criança em movimento.
São paulo: ftd, 2009. 1 ed.
Le boulch, jean. Educação psicomotora:
psicocinética na idade escolar. Porto alegre: artmed, 1987.
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